A atividade consistiu na instalação de equipamentos de GPS de última geração, mantidos em operação por um período médio de duas a três horas para garantir a sincronização com os satélites e, posteriormente, a obtenção de dados precisos de altitude de cada localidade em relação ao nível do mar.
“O procedimento foi executado em diversos pontos de cada distrito, utilizando-se também um segundo equipamento para demarcar e registrar as coordenadas geográficas e as respectivas altitudes. As coletas começaram por São Carlos, seguido de Nazaré, Calama e, por fim, Demarcação. No retorno, realizou-se uma nova medição em São Carlos, a fim de conferir a consistência e precisão dos dados obtidos”, explicou Daniel Maciel, diretor da SMDC.
Ele ressaltou que o levantamento realizado pelo Censipam é de grande relevância para a Defesa Civil, pois fornece informações detalhadas sobre a altimetria (altura) de cada distrito. Durante as atividades, também foram verificadas as réguas fluviométricas existentes em alguns locais, ação que permitirá futuras comparações entre os níveis observados nas réguas e as altitudes aferidas.
“Essa correlação possibilitará o monitoramento mais preciso da elevação das águas durante o período de cheia e a identificação da equivalência entre os níveis locais e a régua de referência de Porto Velho”, explicou Daniel Maciel.
COMPORTAMENTO HIDROLÓGICO
Disse ainda que os dados obtidos subsidiarão a elaboração da mancha de inundação, principal finalidade do estudo, ao permitir a modelagem do comportamento hidrológico do rio diante de diferentes cotas em Porto Velho.
Assim, será possível estimar com maior precisão a extensão da área afetada em cada distrito quando o rio atingir determinadas altitudes, mesmo naqueles que ainda não possuem régua instalada. Dessa forma, o levantamento altimétrico representa um avanço significativo para o planejamento preventivo, o monitoramento de eventos hidrológicos e o aprimoramento das estratégias de resposta da Defesa Civil.
“Esta missão é fundamental para a capacitação dos técnicos municipais, promovendo a troca de experiências e a transferência de conhecimento. Como resultado, teremos a atualização de dados estratégicos e o aprimoramento de informações hidrológicas e geoespaciais. Esses produtos integram a missão do Censipam de informar os órgãos com poder de decisão, sendo cruciais para o monitoramento de eventos extremos e para fornecer subsídios técnicos que embasem o planejamento da Defesa Civil e a criação de políticas públicas voltadas para a prevenção, mitigação e resposta a desastres naturais”, informou Astrea Jordão, assessora técnica do Núcleo de Hidrologia do Censipam.
Texto: SMDC e Augusto Soares
Foto: SMDC
Secretaria Municipal de Comunicação (Secom)
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