Os jardins de chuva são áreas verdes planejadas para absorver e infiltrar a água da chuva diretamente no solo, reduzindo o escoamento superficial que sobrecarrega rios, canais e galerias de drenagem. Mais do que apenas resolver problemas de enchentes, eles trazem benefícios duradouros para o meio ambiente e para a população.
O prefeito Léo Moraes explica que a medida é criativa e econômica, e é uma prática recorrente em vários países.
“É o primeiro da história de Rondônia e tem um potencial de, em 15 minutos, absorver 6 mil litros de água. Sabemos que é necessário macrodrenagem e já estamos com o projeto pronto, estamos recorrendo às autoridades, bancada federal, para acessar recursos para que possamos colocar em prática para a melhoria da qualidade de vida da nossa população”.
BENEFÍCIOS AMBIENTAIS E SOCIAIS
Além de contribuírem para o controle das águas pluviais, os jardins de chuva oferecem um conjunto de vantagens:
-Biodiversidade: a vegetação nativa atrai polinizadores e oferece abrigo para a fauna urbana.
-Microclima: a presença de áreas verdes ajuda a reduzir as ilhas de calor, melhora a umidade do ar e deixa os espaços mais agradáveis.
-Qualidade do solo: a infiltração da água enriquece e revitaliza o solo, tornando-o mais fértil e saudável.
-Valorização urbana: além de funcionais, os jardins também embelezam os espaços públicos e privados, valorizando imóveis e promovendo bem-estar.
IMPLEMENTAÇÃO E INSTALAÇÃO
A construção dos jardins envolve etapas como escavação, instalação de sistemas de drenagem, plantio de espécies vegetais adequadas e aplicação de mulch (cobertura orgânica do solo). A manutenção é simples e inclui poda, retirada de detritos, revisão do sistema de drenagem e reposição de mulch, garantindo a durabilidade da iniciativa.
O projeto representa um investimento de longo prazo. Isso porque os jardins ajudam a reduzir gastos futuros com infraestrutura de drenagem, ao mesmo tempo em que trazem ganhos ambientais e sociais significativos.
INTEGRAÇÃO URBANA
Os jardins de chuva podem ser aplicados em diversos cenários da cidade:
-Parques e áreas verdes: complementando espaços já existentes.
-Ruas e calçadas: aproveitando canteiros e calçadas para absorver o escoamento das vias.
-Edifícios e condomínios: em áreas comuns, como quintais, jardins e áreas de lazer.
-Estacionamentos: convertendo superfícies impermeáveis em áreas permeáveis e funcionais.
A Prefeitura acredita que a implantação dos jardins de chuva é um marco na construção de uma cidade mais resiliente, sustentável e preparada para os desafios climáticos. A iniciativa reforça o compromisso de Porto Velho com o desenvolvimento urbano aliado à preservação ambiental e à qualidade de vida da população.
Texto: Jhon Silva
Fotos: Eduardo Freitas
Secretaria Municipal de Comunicação (Secom)