Uma jovem de 19 anos foi brutalmente assassinada na noite do último domingo (7), após atender um cliente em um programa sexual. Ana Clara Garcia Veloso, que usava o nome de “Carol Souza” em sites adultos, foi encontrada morta na manhã de segunda-feira (8), em frente à residência do suspeito, no bairro Industrial, em Ubá, na Zona da Mata, em Minas Gerais.
Segundo a Polícia Civil, Ana foi morta por Jhonathan Oliveira Martins, de 29 anos, que teria contratado a jovem por R$ 700 para realizar um programa com “fetiches específicos”. A vítima havia saído de casa por volta das 19h36 e, antes de partir, enviou uma mensagem a uma amiga relatando preocupações com o encontro. “Tô indo atender esse cliente na casa dele, mas ele tem uns fetiches meio doido… Ele me ofereceu 700 reais então tô indo. Se eu morrer, já sabe”, escreveu Ana.
Após essa mensagem, a jovem não voltou a dar sinais de vida. Seu corpo foi encontrado apenas na manhã seguinte, enrolado em um lençol e vestindo apenas peças íntimas. A perícia localizou vestígios de sangue em diversos cômodos da casa de Jhonathan, que abandonou o corpo na calçada e foi trabalhar como se nada tivesse ocorrido.
Assassinato após discussão
De acordo com os investigadores, após o atendimento, Ana e Jhonathan teriam discutido sobre o valor acordado. Em seguida, o homem a agrediu com socos e a enforcou até a morte. Após o crime, ele tomou banho, trocou de roupa e foi para o trabalho normalmente. No local, informou que não estava se sentindo bem e foi até o Hospital São Vicente, onde acabou sendo preso em flagrante.
A prisão ocorreu após a rápida identificação do suspeito, graças a relatos de vizinhos e evidências encontradas na cena do crime. Interrogado, Jhonathan confessou o homicídio. A frieza com que conduziu suas ações após o assassinato chamou a atenção das autoridades e da população.
Perfil contraditório
Nas redes sociais, o perfil de Jhonathan contrastava com a brutalidade do crime. Em publicações no Instagram, ele se declarava “em um relacionamento sério com o Espírito Santo” e compartilhava versículos bíblicos. No status do WhatsApp, exibia a passagem do Salmo 23: “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum…”.
A atitude contraditória gerou revolta entre internautas e moradores da região. “É um absurdo. Uma pessoa com esse discurso religioso cometer um crime tão monstruoso…”, afirmou uma vizinha, que preferiu não se identificar.
O corpo de Ana Clara foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Ubá. Informações sobre o velório ainda não foram divulgadas oficialmente, mas, devido ao estado em que foi encontrado o corpo, a cerimônia deve ocorrer com o caixão fechado.
