Duas importantes Unidades de Pronto Atendimento de Porto Velho, sendo uma na Zona Leste e outra na Zona Sul, estão há vários dias com os aparelhos de Raio-X quebrados, prejudicando diretamente a população que depende desses serviços essenciais. O problema, que não é recente, segue sem solução por parte das autoridades municipais, e tem gerado duras críticas de profissionais da saúde e do resgate de urgência.
De acordo com relatos de equipes do SAMU e do Corpo de Bombeiros, o cenário é de completo descaso. Sem os equipamentos funcionando, vítimas de acidentes de trânsito, que necessitam de atendimento rápido para avaliação de fraturas ou outras lesões internas, estão sendo levadas para a Policlínica José Adelino, no bairro Ulisses Guimarães, na Zona Leste, local que muitas vezes já se encontra sobrecarregado ou ainda para o pronto socorro do Hospital João Paulo II, que é referência em traumas, mas cuja demanda também é muito alta, aumentando ainda mais a super lotação.
“O problema não é de hoje. Há anos enfrentamos panes nesses equipamentos, e parece que nunca há manutenção preventiva ou planejamento para substituição. Só quem sofre é a população”, denuncia um profissional do SAMU, que preferiu não se identificar.
Além do impacto no atendimento às vítimas de acidentes, o problema afeta pacientes com suspeitas de pneumonia, fraturas domésticas, complicações respiratórias e outros quadros que exigem diagnóstico por imagem. A falta de previsão para o conserto das máquinas de raio-X nas UPAs preocupa quem depende do Sistema Único de Saúde (SUS).
Até o momento, a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) não se pronunciou oficialmente sobre o caso. A ausência de uma resposta ou previsão para a resolução agrava o sentimento de abandono por parte da população e dos profissionais da linha de frente.
Moradores e servidores cobram urgência na manutenção e reforçam que o raio-X é um equipamento essencial para o funcionamento adequado das unidades de saúde. “É inadmissível que em pleno 2025 estejamos pedindo o básico: que as UPAs tenham ao menos seus equipamentos funcionando”, completou um técnico de enfermagem da zona sul. Enquanto o impasse persiste, os atendimentos seguem centralizados em poucas unidades, sobrecarregando ainda mais o sistema e colocando vidas em risco.