Nesta quinta-feira (10), o Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, reiterou a importância da aplicação da dose de reforço contra a Covid-19. De acordo com o cardiologista, é o reforço da vacina contra o vírus que vai “fazer a diferença” no enfrentamento à pandemia.
A declaração foi dada em encontro com a imprensa na sede do Ministério da Saúde, durante esta manhã. Segundo Queiroga, o Brasil tem aproximadamente 30% da população vacinada com a dose de reforço.
“Em primeiro lugar, é fundamental avançar na dose de reforço, isso é o que vai fazer diferença. O Brasil tem uma cobertura em torno de 30% de dose de reforço, que nós precisamos ampliar ”, afirmou.
Questionado sobre a aplicação da terceira dose e da dose de reforço em adolescentes imunocomprometidos, autorizada pelo governo na quarta-feira (9), Queiroga afirmou que o grupo é “reduzido” e não tem um “impacto tão grande no desfecho da pandemia”.
“Os adolescentes imunocomprometidos são um grupo muito reduzido, que não tem um impacto tão grande em relação ao desfecho da pandemia. No imunocomprometido, o esquema primário já seria três doses. E aí uma dose de reforço, que é a quarta dose. Mas como eu falei, é um grupo pequeno e são situações particulares. Essa foi a decisão da CETAI [Câmara Técnica que assessora o Ministério da Saúde nas decisões sobre a pandemia”, afirmou o cardiologista.
Segundo o ministro, as doses para este público já foram adquiridas, pois fazem parte do contrato para aquisição de 100 milhões de vacinas, firmado entre o Ministério da Saúde e a Pfizer.
O que se sabe sobre a aplicação da 4ª dose da vacina no Brasil
O Ministério da Sáude divulgou uma nota técnica em dezembro de 2021, recomendando a aplicação da dose de reforço em todos os imunocomprometidos acima dos 18 anos de idade, que receberam 3 doses no esquema primário, a partir de 4 meses.
Em Volta Redonda (RJ) e em Botucatu (SP), as prefeituras ampliaram a 4ª dose para idosos acima dos 70 anos, já que todos os óbitos que ocorreram nas cidades foram de pessoas nessa faixa etária.
O governo de SP anunciou neste mês que avalia aprovar a aplicação da quarta dose de reforço para a população em geral depois que finalizar a imunização das pessoas elegíveis para receber a 3ª dose.
No momento, não é possível aprovar a aplicação da 4ª dose por falta de dados. Porém, o ministro Marcelo Queiroga não descartou totalmente a aplicação. “Na prática, seria a dose de 2022. Nós temos doses para garantir todas as aplicações necessárias, recomendadas pelos técnicos e que estejam disponíveis para a população brasileira.
Regras atuais para 4ª dose
Imunocomprometidos de 12 a 17 anos devem receber três doses e uma dose extra quatro meses depois. Para o público adolescente, a vacina que deve ser utilizada é a Pfizer, em todas as aplicações.
Para maiores de 18 anos com comorbidades, o mesmo esquema é válido. Os imunizantes recomendados para a quarta dose são Astrazeneca, Janssen ou Pfizer.
Já gestantes ou puérperas imunossuprimidas podem ser inoculadas com uma dose adicional depois de quatro meses do ciclo inicial, com Pfizer ou Coronavac (caso o imunizante da BioNTech não esteja disponível).
O Ministério da Saúde entende como imunossuprimido pacientes com os quadros abaixo:
- Imunodeficiência primária grave;
- Quimioterapia para câncer;
- Transplantados de órgão sólido ou de células tronco hematopoiéticas (TCTH) uso de drogas imunossupressoras;
- Pessoas vivendo com HIV/AIDS;
- Uso de corticóides em doses ≥20 mg/dia de prednisona, ou equivalente, por ≥14 dias;
- Uso de drogas modificadoras da resposta imune;
- Auto inflamatórias, doenças intestinais inflamatórias;
- Pacientes em hemodiálise e
- Pacientes com doenças imunomediadas inflamatórias crônicas.
FONTE: Agência Brasil